sexta-feira, setembro 30, 2005

Sono, muito sono... E o pior que o dia será longo, muito longo.
Fechamento de revista, mais de 250 páginas, espelho, boneco, arquivos, gráfica.
Espero sobreviver.

quinta-feira, setembro 29, 2005

Ah! Eu vou chorar


Pra uma pessoa especial, um post especial.

“E foi então que apareceu a raposa:
Bom dia – disse a raposa.
– Bom dia – respondeu polidamente o principezinho.
Quem és tu?
Sou uma raposa – disse a raposa.
Vem brincar comigo – propôs o princípe – estou tão triste...
Eu não posso brincar contigo – disse a raposa. Não me cativaram ainda.
Ah! Desculpa – disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
O que quer dizer cativar?
Tu não és daqui – disse a raposa. Que procuras?
Procuro amigos – disse. Que quer dizer cativar?
É uma coisa muito esquecida – disse a raposa. Significa criar laços...
Criar laços?
Exatamente – disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...
Mas a raposa voltou à sua idéia:
Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho dos seus passos, que será diferente dos outros passos. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música. E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
Por favor, cativa-me! disse ela.
– Bem quisera – disse o principe –
mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
– A gente só conhece bem as coisas que cativou – disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me! Os homens esqueceram a verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.

(...)


Assim o pricipezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

– Ah! Eu vou chorar.
– A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
– Quis.
– Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
– Vou, disse a raposa.
– Então, não sais lucrando nada!
– Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo."

Antoine de Saint-Exupéry


quarta-feira, setembro 28, 2005

A Formiga

Todos os dias, bem cedinho, a Formiga, produtiva e feliz, chegava ao escritório. Ali transcorria os seus dias, trabalhando e cantarolando uma velha canção de amor. Era produtiva e feliz, mas não era supervisionada, porque fazia seu trabalho.

O Marimbondo, gerente geral, considerou o fato absurdo e criou um cargo de supervisor, no qual colocaram uma Barata, que tinha muita experiência.

A primeira preocupação da Barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída, além de preparar belíssimos relatórios. Bem depressa se fez necessária uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e, portanto, empregaram uma aranhazinha, que organizou os
arquivos e se ocupou do telefone.

Enquanto isso, a formiga produtiva e feliz trabalhava e trabalhava.

O Marimbondo, gerente geral, estava encantado com os relatórios da Barata, e terminou por pedir também quadros comparativos e gráficos indicadores de gestão e análise das tendências. Foi, então, necessário empregar uma Mosca como ajudante do supervisor, e foi preciso um novo computador com impressora colorida.

Logo a Formiga produtiva e feliz parou de cantarolar as suas melodias e começou a lamentar-se de toda aquela burocracia de papéis.

O Marimbondo, gerente geral, concluiu, portanto, que era o momento de adotar medidas: criaram a posição de gestor da área onde a Formiga produtiva e feliz trabalhava.

O cargo foi dado a uma Cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial. Precisou também de um computador novo, e quando se tem mais do que um computador, a Internet se faz necessária.

A nova gestora logo precisou de um assistente (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar o plano estratégico e o orçamento para a área onde trabalhava a Formiga produtiva e feliz.

A Formiga já não cantarolava mais, e cada dia se tornava mais irascível..

"Precisaremos pagar para que seja feito um estudo sobre o ambiente de trabalho um dia desses", disse a Cigarra.

Mas um dia, o gerente geral - ao rever as cifras - se deu conta de que a unidade na qual a Formiga produtiva e feliz trabalhava não rendia mais. E assim contratou a Coruja, consultora prestigiada, para que fizesse um diagnóstico da situação.

A Coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um relatório brilhante com vários volumes e custo de "vários" milhões, que concluía:

"Há muita gente nesta empresa."

E assim, o gerente geral seguiu o conselho da consultora e demitiu a Formiga, por que andava muito desmotivada e aborrecida...

terça-feira, setembro 27, 2005

Feliz Aniversário


Feliz aniversário pra Fê e pro Alê!
Que o Grande Espírito encha vocês de luz e amor.

Estou muito muito feliz com os comentários.
Espero, de coração, recebê-los todos os dias.
Amo vocês, meus amigos!
A propósito, também estou MUITO feliz por ter plantado uma sementinha de criatividade. A Fê também ficou com vontade de bloggar e criou o TabulaPrima, cujo link está na barra à direita deste post.
Parabéns Fê! Sucesso aos nossos blogs.

segunda-feira, setembro 26, 2005

Felinos I

“Com virtudes como a limpeza, a ternura, a paciência, a dignidade e a coragem que os gatos têm, pergunto-lhe: quantos de nós teriam condições de nos tornar um gato?”

Fernand Mery, escritor francês

Não agüento gente resmungona!
E quando resolve fazer aquela voz embargada, de que está engolindo as lágrimas?
As pessoas ainda não conseguiram entender que tudo depende dos olhos do observador. Se o copo está meio cheio ou meio vazio depende apenas de nós mesmos.

Segunda-feira cinzenta, sem-graça, nublada.
Parece que todos estão, ou tristes, ou mal-humorados.

domingo, setembro 25, 2005

Uma flor para deixar brotar

Ontem ouvi uma história muito interessante e pensei imediatamente em compartilhá-la aqui no blog.
Com certeza não vou conseguir contar, nem com a ênfase nem com as palavras que ouvi, mas espero chegar bem próximo disso.

Diz a história, que Merlin, antes de instruir o Rei Arthur, andou por algumas terras até chegar a um reino em que o rei lhe pediu um favor. Precisava que o filho se casasse, no entanto, não sabia como escolher a moça.
Merlin então mandou que o príncipe conovocasse todas as moças solteiras do reino que tivessem intenção de se casar com ele.
A filha de uma serva do castelo se encantou com a oportunidade, mesmo sabendo que jamais seria a escolhida, de chegar perto do príncipe por quem era apaixonada.
No dia apropriado, todas as moças foram reunidas num imenso salão do castelo, cada qual mais bela que a outra, com suas melhores roupas, e a pobre filha da serva, apenas com sua esperança de ver o apaixonado.
Conforme as instruções de Merlin, o príncipe deu a cada uma delas uma semente. Instruiu-as dizendo que essa semente deveria ser plantada e que, seis meses depois elas deveriam retornar com os vasos. A dona da mais bela flor seria escolhida para ser sua esposa.
E então as moças foram para suas casas e plantaram suas sementes em vasos. E todos os dias a filha da serva regava sua semente, levava para o sol, conversava com ela, e nada da semente brotar. Ela já era motivo de chacota para a família, que dizia que ela não tinha nenhuma chance. Mas a moça não perdeu a motivação. Mesmo que não fosse escolhida, ainda teria oportunidade de ver o príncipe mais uma vez.
E então, passados os seis meses, as moças voltaram ao salão com seus vasos.
Não se sabia qual era a flor mais linda. E a filha da serva, foi apenas com seu vaso com terra, cuja semente não havia brotado.
O príncipe então, passou olhando cada um dos vasos com as mais incríveis obras da natureza e disse:
- A mais bela flor é a flor da honestidade, a que brota nos melhores corações. Merlin mandou que fossem dadas, a todas vocês, sementes estéreis. Nenhuma delas deveria ter florescido. E apenas uma de vocês foi realmente honesta para trazer o seu vaso apenas com terra e uma semente sem vida.
E a moça pobre, filha da serva, foi a escolhida.
Casaram-se e viveram felizes para sempre.

sexta-feira, setembro 23, 2005

Informática ao alcance de todos

É, parece que estamos dando mais um passo rumo ao futuro.
Hoje saiu uma notícia no UOL que o Brasil começará a produzir um computador que custará, ao consumidor final, R$ 850,00 (que a Telefonica venderá por 36 parcelas de R$ 39,90).
Não é um avião, tem 10 GB de disco rígido, processador AMD Geode GX500, Windows CE, Office reduzido, 128 MB de memória, modem de 56 kbps e monitor de 15 polegadas. Garanto que é melhor que nada.

Veja se isso é lugar de dormir! E o pior foi o susto.
Mas devia estar tão quentinho...

Convicções que caem por terra

Ontem ouvi essa expressão de um amigo: convicções que caem por terra.
Isso me deixou intrigada: e as nossas escolhas? Abrimos mão de certas coisas por outras. Às vezes pagamos um preço alto, algus são escolhas irreversíveis.
Penso que o difícil é saber o que é correto.
Então caio em outra armadilha: o que é certo e o que é errado?
Acho que estou divagando demais.
Hoje de manhã tocou no rádio a música Anacrônico, da Pitty. Ela não é, nem de longe, minha cantora preferida, mas me fez pensar mais um pouco...


Anacrônico
Pitty

É claro que somos as mesmas pessoas
Mas pare e perceba como seu dia-a-dia mudou
Mudaram os horários, hábitos, lugares
Inclusive as pessoas ao redor
São outros rostos, outras vozes
Interagindo e modificando você
E aí surgem novos valores
Vindos de outras vontades
Alguns caindo por terra
Pra outros poderem crescer

Caem 1, 2, 3, caem 4
A terra girando não se pode parar

Outras situações em outras circunstâncias
Entre uma e outras vezes se vêem os mesmos defeitos
Todas aquelas marcas do jeito de cada um
Alguns ainda caem por terra
Pra outros poderem crescer

Caem 1,2,3 caem 4
A terra girando não se pode parar

Outro ciclo em diferentes fases
Vivendo de outra forma
Com outros interesses, outras ambições
Mais fortes, somadas com as anteriores
Mudança de prioridades
Mudança de direção
Alguns ainda caem por terra
Pra outros poderem crescer

quinta-feira, setembro 22, 2005

Início da primavera



Hoje é o equinócio de primavera, data em que a noite e o dia têm duração idêntica.
É o tempo de transição, do inverno, onde nos recolhemos e nos integramos a nós mesmos, à primavera, onde retiramos as ervas daninhas e adubamos o terreno de nossa vida para que ele se renove e dê bons frutos.

Ontem, 21 de setembro, foi dia da árvore.
Aqui vai um pequeno texto sobre o Povo-em-Pé:
“O seres do Povo-em-Pé, as árvores, também são nossos Irmãos e Irmãs. Eles são os Chefes do reino das plantas. Através de seus troncos e galhos, dão abrigo aos seres que têm asas. No vão de suas raízes, as árvores fornecem asilo às pequenas criaturas de quatro patas que vivem abaixo do solo.
(...)
O Povo-em-Pé percebe as necessidades de todos os Filhos da Terra se esforça por atendê-las. Cada árvore e planta possui seus próprios dons, talentos e habilidades a serem compartilhados. Por exemplo, algumas árvores nos dão frutos, enquanto outras fornecem curas para distúrbios em nosso níveis emocionais ou físicos.”


Jamie Sams

quarta-feira, setembro 21, 2005

Semana passada surtei: comecei a ler um livro altamente recomendado. Não passei da segunda página...
Simplesmente não conseguia me concentrar. Então me lembrei de uma expressão – pausa magnética criadora.
Eureka! Era isso. Eu só precisava dar uma relaxada e ler algo mais “light”.
Fui à Saraiva e acabei com Budapeste, do Chico Buarque (Companhia das Letras), nas mãos.
Por que não?
Amo as músicas compostas por ele, nada mal apreciar a literatura também. Pois é, não me arrependi. Simplesmente um deleite. A cara do Chico.
É a história de um escritor que escreve pelos outros: faz discursos, biografias, e até livros para terceiros. Acaba indo parar em Budapeste e daí se (des)enrola o livro.
Aqui vai um trechinho pra vocês apreciarem:
“Álvaro adestrava o rapaz não para escrever à maneira dos outros, mas à minha maneira de escrever pelos outros, o que me pareceu equivocado. Porque a minha mão seria sempre a minha mão, quem escrevia por outros eram como luvas minhas, da mesma forma que o ator se transveste em mil personagens, para poder ser mil vezes ele mesmo.”

terça-feira, setembro 20, 2005

Dia de louco

“O louco que reconhece a sua loucura possui algo de prudente; porém, o louco que se presume sábio, esse está realmente louco.”

Buda

“Todos são loucos por aqui. Eu sou louco, você é louca – disse o Gato.
E como você sabe que eu sou louca? – perguntou Alice.
Você deve ser – disse o Gato – senão não teria vindo para cá.”
Lewis Caroll, Alice no País das Maravilhas

segunda-feira, setembro 19, 2005

Simplicidade

Recebi esse texto do Tonini (um velho-novo amigo). Achei ótimo e gostaria de partilhar com vocês.

Um professor de Filosofia entra na sala de aula, põe a cadeira em cima da mesa e escreve no quadro:

" Provem-me que esta cadeira não existe".
Apressadamente, os alunos começam a escrever longas dissertações sobre o assunto. No entanto, um dos alunos escreve apenas duas palavras na folha e entrega-a ao professor.
Este, quando a recebe, não pode deixar de sorrir ao ler: "Que cadeira?"

Conclusão: Não procure chifres em cabeça de cavalo ou pêlo em ovo.
Opte pela simplicidade...

domingo, setembro 18, 2005

Dia de partilhar o conhecimento. Esses são mais dois "loucos" para a turma.
Sejam bem-vindos!
Esperados adicionar muito à vida de vocês.

sábado, setembro 17, 2005

O primeiro post de muitos outros

Há mais ou menos dois anos acompanho um blog muito bom: o Coisas Bobas (http://www.coisasbobas.blogspot.com).
Acabei criando uma vontade imensa de me expressar e mostrar ao mundo as Minhas Impressões.
Bem, com a escassez de tempo que me é tradicional, vou tentando postar algumas coisinhas.
O primeiro passo é sempre o mais difícil, mas conto com as opiniões (e críticas, é claro) dos amigos.