segunda-feira, outubro 16, 2006

Essa foi uma das músicas que o Chico cantou no show do dia 12 de outubro.
Vê-lo cantar ao vivo não tem preço...

Eu te amo

Tom Jobim - Chico Buarque/1980

Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós, nas travessuras das noites eternas

Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir

Se entornaste a nossa sorte pelo chão

Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu

Como, se na desordem do armário embutido

Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu

Como, se nos amamos feito dois pagãos

Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair

Não, acho que estás só fazendo de conta

Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir

sexta-feira, outubro 13, 2006

Show do Chico, eu fui!

MA-RA-VI-LHO-SO!
Ainda estou embasbacada e sem palavras.
Depois escrevo algo, porque agora as palavras não saem...
Ele é adorável.O crédito da foto é da humilde fã que vos escreve.

domingo, outubro 08, 2006

Som e memória

E já se passaram quase 10 anos.
Não, não foi da morte de Renato Russo. Se bem que nessa mesma data ele se foi.
Esses 10 anos referem-se a escalar.
Mas também não foi por essa razão que iniciei esse post.
Hoje levei o equipamento de escalada que o Jú imaginou roubado com o carro, há alguns anos.
O sorriso dele foi uma recompensa. Quando o mosquetão e o oito tilintaram, ele disse sentir um aperto no coração. Foi a mesma sensação que tive dias antes.
Felicidade, saudade, adrelina, tristeza.
Sentimentos que só quem escalou, fez rapel e canyoning sabe descrever. Ou melhor, nem sabe descrever. Só sentir. Um sentimento bom, de liberdade, de medo e respeito por aquilo.
Um simples som, como aquele dos metais se chocando, foi capaz de nos levar para 10 anos no passado. E voltar a sorrir aquele sorriso de juventude, de cumplicidade.
Para escalar devemos ser cúmplices uns dos outros. Sua vida está nas minhas mãos, assim como a sua vida está nas minhas.
Voltamos a sentir a adrenalina de uma abordagem numa parede com 90 graus de inclinação. A sensação de se deixar deitar no vento, e confiar naqueles fios que te ligam ao solo. Saltar e dar corda, deixar o corpo cair, bater os pés na rocha e deixar o corpo se levar pela gravidade novamente.
Simplesmente uma descrição mecânica de algo que é simplesmente indescritível.
Escalar é poesia pura. E não me cabe escrever poesia.
Infelizmente acabou esse tempo.
Como tudo, passa. E passou, escorreu como se fosse chuva.
Mas assim como a chuva, que escoa para o rio, evapora e volta novamente a ser chuva, há sempre uma esperança que retorne e seja doce como foi.
Tudo que é bom sempre volta...

Ufa!
Com o (quase) final da maratona de provas e trabalhos da faculdade, acho que agora consigo colocar esse blog em ordem.